terça-feira, 20 de maio de 2008

...Seguiu seu caminho sem destino certo e muitas vezes , parou e pediu aflitamente por uma chance. Uma única chance de tudo ser diferente.
Em vão!
Alice continuou, sem ânimo, mas continuou...
Seguiu o caminho que lhe foi oferecido, pois o tão esperado não consolidou-se a tempo de trilha-lo.
Enquanto suas pernas apenas a guiavam, seus pensamentos retomavam ao seu passado de forma melancólica. Estava presa.
Alice tinha dentro de si a certeza de que o destino fora apenas interrompido. Levava consigo a idéia de que mais adiante suas vidas se reencontrariam.
O tempo passou.
Alice já podia sorrir.
A tristeza que persistia foi dando lugar a experiências novas. A história de amor ficou guardada em seu coração. Bem no fundo, escondido.
Sua vida foi tomando rumo diferente, encontrou nos amigos o que precisava para seguir adiante.E seguiu.
Momentos de alegria voltaram a fazer parte do seu cotidiano.
Conheceu pessoas e um mundo novo onde era possível ser feliz. Apaixonou-se várias vezes, riu, chorou,mas nada que não pudesse se reerguer. Aquele amor avassalador foi apenas um e ficou no passado. O que Alice queria era viver intensamente cada minuto.
E foi vivendo cada momento como se fosse único.
Até que conheceu alguém, que quis fazer parte de sua vida. Uma pessoa especial. Pedro tinha tudo o que precisava, tudo o que sonhava.
Mas num primeiro momento, Alice recuou.
Por medo fechou-se de todas as maneiras. Por mais que estivesse feliz, não demonstrava. Suas ações eram secas. Pedro insistia, pois sabia que ali batia um coração que só queria ser amado.

sábado, 17 de maio de 2008

Alice,
Sonhadora, romântica......
Seu cotidiano era normal para uma jovem de 18 anos. Estudava e saia com amigos. Também anciava em encontrar um amor. Idealizava sua vida como num filme. Estava em busca da felicidade.
Ao mesmo tempo em que sorria, sentia um vazio. Algo lhe faltava. Um amor lhe faltava.
A cada paixão, uma esperança lhe dava a certeza de que seria pra valer. Mas os corações sempre seguiam rumos diferentes. No fundo Alice sabia que não havia chegado sua hora.
Em meio a paixões e diversões, Alice, pela primeira vez, viu-se diante do seu primeiro e único amor. Seu coração passou a bater mais forte. Era ele sim, a pessoa com quem Alice passaria sua vida inteira. Foi ele o escolhido! Estava diante de seus olhos, o verdadeiro amor. Aquele que transcede a vida, o que nos leva a outra dimensão. A euforia lhe tomou por inteira e a fez querer viver esse conto de fadas.
E viveu intensamente
Em pouco tempo, a felicidade que estampava em seu rosto era correspondida com menos fervor. O entusiasmo já não era mútuo. Apenas Alice permanecia num estado efusivo.
Foram dias de sentimentos múltiplos!
Mas Alice caminhava sozinha.
Foram emoções nunca reveladas!
Mas Alice caminhava sozinha.
Foram inúmeras tentativas.
Mas Alice caminhava sozinha.
E nessa luta incessante entre querer e poder, Alice, praticamente sem mais forças, entregou-se ao mais óbvio e deixou fluir o que já estava programado. O fim!
Em seu refúgio, chorou compulsivamente. O corpo todo chorava. Alice vestiu-se com um manto de amargura. Seu coração parecia não aguentar tanta tristeza. Foi despedaçado. E era nele que guardava toda a sua tristeza. Em cada pedaço havia mágoa e rancor.
De seu estado efusivo restaram apenas lembranças.
Lembranças que enxugaram as lágrimas que insistiam em cair de seus olhos tristes.
Alice não era mais a mesma, sentiu-se como se tivesse vivido uma vida inteira onde em segundos experimentou todas as sensações, boas e ruins, que um amor pode dar.
Não era nessa vida que seu amor lhe reconheceria. Era preciso aceitar o que lhe foi premeditado. Sua aparência angelical encobria a sua melancolia que aos poucos foi sendo retida por sua essência.....